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Adriano Mangiavacchi nasce em Roma, em 1941.
 

A guerra vai deixar nele as suas marcas. Mas também os jardins da Villa Borghese, perto dos quais nasce e passa a infância, vai marcá-lo. As estátuas e os afrescos sensuais do Museu Borghese exercem sobre ele tal fascínio que ali decide ser artista. Pintor ... , Escultor... , não sabe bem.

 

Marcado pelo figurativo de Sironi, mas atraído pelo abstrato de Vedova, custaria a encontrar o próprio caminho. Em 1960, briga com Roma. Deixa para trás a preguiça do clima romano, da burocracia, das igrejas e vai para Milão, industrial, cosmopolita, moderna, onde assimilará o gosto pelo urbano.
 

Tentando um ponto de equilíbrio entre a pintura e “La civiltá delle macchine”, trabalha na Alfa Romeo e estuda pintura na Academia de Brera.​ Em Milão, experimenta o sabor da boêmia quando abre um atelier de pintura perto do Duomo. Vive a paixão e a humildade dos “pintores de fim de semana” quando organiza um círculo de pintores operários.



Em 1970, vem para o Brasil à procura de um mundo diferente e encontra um Adriano diferente. Constitui família com Marina, George e José, nasce Leonardo. Trabalha por longos anos na Engenharia Industrial da FIAT e... Quase esquece a pintura... Até conhecer Luiz Áquila, em 1975, quando passa a frequentar o seu curso de pintura, em Petrópolis. Áquila lhe mostra quanto Adriano é mais pintor do que engenheiro.
 

Em 1980, Adriano assume de fato a pintura. Frequenta o Atêlier Livre de Armação e ingressa no grupo de Paulo Garcez, com o qual aprende a disciplina de trabalho, a procura da linguagem, a postura crítica. Recomeça por onde havia deixado dez anos antes: pelo urbano. Só que, desta vez, com força total.



Desenha sem cessar, até no ônibus... E é justamente com os ônibus que ele inicia uma série de grandes quadros, quase que em tamanho natural. Ônibus de um realismo lírico que vão, aos poucos, se transformado em abstratos, captando apenas o reflexo, o instante, a velocidade. Compreende, finalmente, a liberdade do gesto, o envolvimento do grande formato, a força das cores.

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